A restauração florestal em larga escala não deve ser mais condenada economicamente pelos custos de plantio de árvores e a perda de área agricultável. Uma nova pesquisa foca nos serviços ecossistêmicos, como a polinização, para afirmar que, na verdade, a prática pode significar um investimento de longo prazo.
Publicado na revista científica norte-americana One Earth, o estudo é assinado por Francisco d’Albertas, doutor em Ecologia pela USP, Luís Fernando Guedes Pinto, engenheiro agrônomo e diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica e Jean-Paul Metzger, professor do departamento de Ecologia da USP, diretor do projeto Biota Síntese e coordenador do Grupo de Estudos de Serviços dos Ecossistemas do IEA. Eles estabelecem um limiar em torno de 25% de cobertura florestal nas fazendas de café como ponto de equilíbrio para que, ao longo de 20 anos, os custos de restauração possam ser compensados pelos benefícios dos serviços ecossistêmicos no aumento da produção.
Os resultados podem impulsionar políticas públicas de restauração florestal, ajudando a combater as mudanças climáticas e a preservar a biodiversidade em um dos biomas mais devastados do território brasileiro. Veja a publicação completa aqui.
Repercussão na mídia:
Valor Econômico: Restauração florestal é investimento de longo prazo
Exame: Restauração florestal da Mata Atlântica pode aumentar a produção de café em até 30%, segundo a USP
Agência Brasil: Restauração florestal em cafezais é viável economicamente, diz estudo
Portal Terra: Restaurar florestas aumenta produtividade de fazendas de café e garante renda extra, diz estudo